A casa da Iris, essa adorável americana de 90 anos, me levou a vários auto-questionamentos. Bem, eu adoro ver uma casa assim, cheia de elementos, histórias, referências. Mas agora por último tenho gostado de ver só quando é a casa dos outros, pois aqui em chez Pontes Nogal a gente anda querendo mesmo é se livrar de coisas, e conceitos, e estampas.
O acúmulo de coisas pode ser chamado de vários nomes. Coleção. Síndrome de Orestes. Horror vacui (‘medo do vazio’, já escrevi melhor sobre o assunto antes.) Quando sistematizado, organizado, harmônico, pode também ser chamado de excelente curadoria (palmas pra Iris).
Mas tenho sempre esta auto-dúvida. Qual é o limite que separa "o vazio que tentamos preencher com coisas"* da normalidade? E pergunto: e você? Como lida com o acúmulo de coisas?
*Citação de Hoarders
* Fotos da Architectural Digest.