"Sou nova no Rio de Janeiro, e estou com dificuldades de comprar móveis. Quero móveis de madeira mesmo, chega de mdp na minha vida. Onde eu poderia comprar uma boa cômoda? E uma estante?
Me deram a dica da rua do Lavradio, mas cômoda com quase 4 dígitos ainda não é minha realidade.
Aceito sugestao de móveis usados tambem, brechós, enfim." Cristiane
Cristiane, procurar móveis baratos no Rio, deveria ser o 13º trabalho de Hércules. E a rua do Lavradio, nos últimos 3 anos, teve a maior inflação do mundo. As peças usadas subiram de 100 pratas pra mil contos numa velocidade invejável. E nem estamos falando de móveis de design, né? É do móvel vernacular* mesmo. Constatado o fato, vamos às soluções.
A rua do Catete é repleta de lojas de móveis populares. Para móveis de madeira, procurando bem, dá sempre pra encontrar alguma coisa básica. Ou com potencial. Nada que uma personalização com tinta e puxadores novos não resolva.
Se você quer se aventurar mais, procurar em mais lugares, algumas lojas em frente ao metrô Estácio tem aqueles móveis que vem direto do sul. Não são lojas bonitinhas, do tipo showroom. São mesmo do tipo depósito, mas que tem mesas básicas e cadeiras country interessantes.
Na verdade, lojas assim, você encontra em vários bairros. Vila Isabel tem algumas. Mas essas são em frente a uma linha de metrô, o que facilita.
Se você quer bater perna ainda mais, a Rua Honório, no Cachambi, é conhecida como "rua dos móveis". Particularmente, achei muito "Casas Bahia", com muito móvel brilhante e de aglomerado. Mas tendo tempo, vale o garimpo.
Com relação a brechós, no Rio tá difícil achar algo barato. Ainda dá pra ir na Feira da Praça XV, aos sábados.
Na Lavradio, de vez em quando as lojas mais bagunçadas têm peças em conta, principalmente as mais distantes da Rio Scenarium. (Menos a da Comlurb, que é uma zorra, mas tem preços irreais, começando em mil reais.) Ou a da esquina da Rua do Rezende. Mas não vá em dia de feira, porque os preços incham.
Comprei na Lavradio uma cômoda por R$100, mas num estado que só eu mesma pra comprar. Tive que retirar as folhas de madeira, colar de novo, cortar fora o podre, encher com muuuita massa plástica, lixar duzentas vezes, pintar. E até hoje não consegui parafusos ideais para consertar os puxadores, nem em todas as lojas de ferragens que fui. Então ó, a menos que o preço compense, e a peça esteja em bom estado, (ou que você tenha conhecimentos e ferramentas de restauração de móveis, que aí sim eu digo: go for it, é uma cachaça) é melhor comprar novo, até pra personalizar.
Acho que agora já dá pra (re)começar a procurar sua cômoda, né?
*Móvel vernacular: populares, e produzidos em larga escala, sem o design acadêmico. Ex: tamborete, mesa básica de 4 pernas, cadeira country, etc. A tia Wiki explica melhor.
Cristiane, procurar móveis baratos no Rio, deveria ser o 13º trabalho de Hércules. E a rua do Lavradio, nos últimos 3 anos, teve a maior inflação do mundo. As peças usadas subiram de 100 pratas pra mil contos numa velocidade invejável. E nem estamos falando de móveis de design, né? É do móvel vernacular* mesmo. Constatado o fato, vamos às soluções.
A rua do Catete é repleta de lojas de móveis populares. Para móveis de madeira, procurando bem, dá sempre pra encontrar alguma coisa básica. Ou com potencial. Nada que uma personalização com tinta e puxadores novos não resolva.
Se você quer se aventurar mais, procurar em mais lugares, algumas lojas em frente ao metrô Estácio tem aqueles móveis que vem direto do sul. Não são lojas bonitinhas, do tipo showroom. São mesmo do tipo depósito, mas que tem mesas básicas e cadeiras country interessantes.
Na verdade, lojas assim, você encontra em vários bairros. Vila Isabel tem algumas. Mas essas são em frente a uma linha de metrô, o que facilita.
Se você quer bater perna ainda mais, a Rua Honório, no Cachambi, é conhecida como "rua dos móveis". Particularmente, achei muito "Casas Bahia", com muito móvel brilhante e de aglomerado. Mas tendo tempo, vale o garimpo.
Com relação a brechós, no Rio tá difícil achar algo barato. Ainda dá pra ir na Feira da Praça XV, aos sábados.
Na Lavradio, de vez em quando as lojas mais bagunçadas têm peças em conta, principalmente as mais distantes da Rio Scenarium. (Menos a da Comlurb, que é uma zorra, mas tem preços irreais, começando em mil reais.) Ou a da esquina da Rua do Rezende. Mas não vá em dia de feira, porque os preços incham.
Comprei na Lavradio uma cômoda por R$100, mas num estado que só eu mesma pra comprar. Tive que retirar as folhas de madeira, colar de novo, cortar fora o podre, encher com muuuita massa plástica, lixar duzentas vezes, pintar. E até hoje não consegui parafusos ideais para consertar os puxadores, nem em todas as lojas de ferragens que fui. Então ó, a menos que o preço compense, e a peça esteja em bom estado, (ou que você tenha conhecimentos e ferramentas de restauração de móveis, que aí sim eu digo: go for it, é uma cachaça) é melhor comprar novo, até pra personalizar.
Acho que agora já dá pra (re)começar a procurar sua cômoda, né?
*Móvel vernacular: populares, e produzidos em larga escala, sem o design acadêmico. Ex: tamborete, mesa básica de 4 pernas, cadeira country, etc. A tia Wiki explica melhor.